meu braços estão a sua volta
e você ainda me volta
lembrando o que sou pra você
minha volta nem sempre é uma volta
as vezes ela se solta
e se perde do sentido da palavra
adquirindo no meu sentido o lazer
às vezes você se solta,
e me revolta,
em beijos-discussões rápidos como um incêndio
que brota
duma fagulha em uma folha
simples e absorta
às vezes se entorta
em convulsão ora de raiva
ora tesão
e nos expurga
qualquer ínfimo motivo de discussão
às vezes se importa
demais com as importância que se fazem em vão
às vezes você se encontra
no meu perdido sentido de razão
às vezes você é demais você
às vezes demasiadamente eu
às vezes me perco em você
como você se perde no breu.
às vezes,
somente às vezes.
Rodrigo da C. Lima Bruni
domingo, 4 de janeiro de 2009
últimos minutos
assim me vejo nos últimos minutos:
tão cheio de pessoas
tão vazio de mim
tão completo meu corpo
tão incompleto o fim
e lágrimas rolarão sobre meu peito
não minhas, já estarei seco de amor
lágrimas dos presentes, tão ausentes
vagos, presos no interior
dos seus sonhos e esperanças
ricas de inocência e pudor
esperanças de vida extra corpórea
vãs, ao se concluírem: imensa dor
e flores descansarão ao meu repouso
flores descansarão enquanto eu durmo
pessoas chorarão, e chorarão
e morrerei assim, separado e junto
de mim, por mim e em mim
amém.
Rodrigo da C. Lima Bruni
tão cheio de pessoas
tão vazio de mim
tão completo meu corpo
tão incompleto o fim
e lágrimas rolarão sobre meu peito
não minhas, já estarei seco de amor
lágrimas dos presentes, tão ausentes
vagos, presos no interior
dos seus sonhos e esperanças
ricas de inocência e pudor
esperanças de vida extra corpórea
vãs, ao se concluírem: imensa dor
e flores descansarão ao meu repouso
flores descansarão enquanto eu durmo
pessoas chorarão, e chorarão
e morrerei assim, separado e junto
de mim, por mim e em mim
amém.
Rodrigo da C. Lima Bruni
quietude de aceitação
ó, como queria te deter
me manipular o sentimento enviesado
e me fazer redoma de ti
como queria a dor em seu peito
a finitude do adeus por mim dado
e minha sombra de solidão: seu afago
o que me assombra
é me sentir fora de ti
mesmo estando em comunhão, minha Deusa
o que me entristece
é ver teu ódio sólido e irrefutável
crescer dentro e fora de ti
o que me deprime
é saber que suas carícias já não suficientes
tamanha essa lepra de mim!
...
Deusa de marfim
seu fiel não lhe é mais fiel
confessado isso, aceito todo seu ódio de bom grado
e essa desgraça é só minha
e de mais ninguém.
Rodrigo da C. Lima Bruni
me manipular o sentimento enviesado
e me fazer redoma de ti
como queria a dor em seu peito
a finitude do adeus por mim dado
e minha sombra de solidão: seu afago
o que me assombra
é me sentir fora de ti
mesmo estando em comunhão, minha Deusa
o que me entristece
é ver teu ódio sólido e irrefutável
crescer dentro e fora de ti
o que me deprime
é saber que suas carícias já não suficientes
tamanha essa lepra de mim!
...
Deusa de marfim
seu fiel não lhe é mais fiel
confessado isso, aceito todo seu ódio de bom grado
e essa desgraça é só minha
e de mais ninguém.
Rodrigo da C. Lima Bruni
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
poeminha bucólico
encontrei no campo
beleza pura sincera
sim, no campo
que jóia, ó campo, que bela
as flores desabrocham sem pressa
tudo no campo
lindo!
tudo no campo, donzela!
o vento vai sem rumo
o vento venta, mais nada
santa simplicidade pudica
o campo virgem não falha!
os bichos vivem e morrem
sem faca, arma ou navalha
só campo divino que escolhe
ora quem fica ora quem vaga
querida donzela, perceba
o campo é lindo e magnífico
porque somente ao que foi dito
e somada toda sua beleza.
Rodrigo da C. Lima Bruni
beleza pura sincera
sim, no campo
que jóia, ó campo, que bela
as flores desabrocham sem pressa
tudo no campo
lindo!
tudo no campo, donzela!
o vento vai sem rumo
o vento venta, mais nada
santa simplicidade pudica
o campo virgem não falha!
os bichos vivem e morrem
sem faca, arma ou navalha
só campo divino que escolhe
ora quem fica ora quem vaga
querida donzela, perceba
o campo é lindo e magnífico
porque somente ao que foi dito
e somada toda sua beleza.
Rodrigo da C. Lima Bruni
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
poemeto de futuro/presente
se prender
ao passado
ou se render
ao futuro
minha dúvida
assim me calo
meu desejo
de mim astuto
meu passado é um fardo
pouco sei o meu futuro
o sentido fica vago
vago fico, inoportuno
e segue a arte em mim possessa
tão macia enquanto eu duro
segue a vida à mim, depressa
a noite morre
agora eu durmo.
Rodrigo da C. Lima Bruni
ao passado
ou se render
ao futuro
minha dúvida
assim me calo
meu desejo
de mim astuto
meu passado é um fardo
pouco sei o meu futuro
o sentido fica vago
vago fico, inoportuno
e segue a arte em mim possessa
tão macia enquanto eu duro
segue a vida à mim, depressa
a noite morre
agora eu durmo.
Rodrigo da C. Lima Bruni
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