quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

declaração da tristeza ao amor

eu sou fruto do vento
por minh'alma ao relento
sou dor sou descontentamento
sou "viver a vida em detrimento"



não sou tão
ao menos tanto
nem sempre desenlaço teu pranto
tampouco enlaço-me de teu encanto



e talvez seja pouco
tão pouco o senso
por me ferir de descontentamento
como se sua companheira não estivesse sendo



e porventura malfazeje-me
de suplício porquanto
te acompanhe no pranto
e sem mim sejas pântano



mas sabes que de todo o mal
não sou o mal
e caso me abrasasse teu peito, talvez
não fosse tão sinonimo de escassez



e pudéssemos assim
eu, cá com minhas desgraças
tu, em si com tuas desgraças
unir-las



mas não
deixais a vida correr
você me correr
e me apodrecer



afinal é assim mesmo a vida
afinal à vida não me resta nada
ao final de minha vida
minha própria desgraça me fada



a morte.
e peço que Deus
tenha piedade de minha alma diminuta
que por ti, tão massacrada



agora se transmuta
nessas tolas desculpas
de sincero platônico amor
de toda minha alma não amada.


Rdrigo da C. Lima Bruni

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