viva ao ar mal beijado
do incorpóreo amor que nos inspira
e expira
ao final de respiração lenta e ruidosa
e dolorosa
que por tanto doer
se mostra rosa
de espinhos e pétalas de plástico
que nos plastifica a perfeita e digníssima razão
razão nossa que é dela
que de rosa apenas o nome detém
cinza é sua real cor
névoa é seu aspecto, seu tato
névoa espessa e dura como rocha
neve seria sua real sensação
mas esta só assim se afigura tardiamente
e a tarde ao menos tarde é
para quem realmente lhe descobre
para quê realmente a descobrir?
vamos plantar sua semente e colher seu falso fruto bendito
vamos ao Amor, semear nossa cara
e fazer dele humano
ainda que rosa de plástico
vamos fazê-lo plasticamente humano
vamos fazer dele nós mesmos
e de nós, rosa de plástico
para assim ser (in)quebrável
esse amor nosso (que somo nós)
Rodrigo da C. Lima Bruni
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
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