irrequieta-se perante o nada
é um gosto bom
demais até para gostar-se
é uma rotina
tão docemente aleatória
que se torna aleatória, perante si
soa como música
aos ouvidos de quem não a quer ouvir.
O cego a olha nos olhos
e o amante a ama a cada procura por um novo amor
é fracionada nos momentos
e a cada fração de momentos
fraciona-se em um enésimo de sua inquietação
despedeça-se perante à recusa de seu estado
negá-la é viver extracomungado de si
é cheirar uma flor
e sentir o cheiro acre do vazio
como amar
e gozar da carne , tão somente
como beijar sem ser beijado
esta é como o amor que surge
ao qual, nos resta apenas amar
e quando este se vai
ela mesma nos incentiva a outro
negá-la é abduzir de nós mesmo
a beleza desta
que é linda
enquanto a temos como
deve-se aquietar perante sua inquietança
e deixar-la conduzir por aí
por estradas de outras almas inquietas
e que da interação destas se faça a perfeita interação!
Rodrigo da C. Lima Bruni
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
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