sexta-feira, 3 de outubro de 2008

pseudo-romantismo

que resta ao falso romântico
senão rimar seu próprio não-amar?
não esperando, assim, o amor encontrar
mas talvez o descontar, despejar, desanuviar

o transpondo em folhas, rimas, estrofes
fazendo assim, com que outros saibam
quão vasto é seu pesar;
pesar de viver a vida
com tão pouco amar

mas espero que à ti, leitor e confidente
esse mal não venha à calhar
que se for para, não escrever e à vida amar
que assim seja!
assim será.


Rodrigo da C. Lima Bruni

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