analisando-me como escritor critico
me vejo como um nada
não um poético e lindo nada
apenas um nada
livre de elogios
um nada
que se atreve a assassinar
algo tão engenhosamente criado
e perenemente sacramentado
no papel
na letra
na métrica
na rima
(ou não)
um nada que de mim se faz garboso
convencido
a ponto de se achar bom naquilo que faz
um nada que se apodera do pouco que me resta
mastigando-me as estranhas
e as consumindo de nada
deixando-as ressequidas
insensíveis
tolamente poéticas
e falsamente poéticas...
esse nada me é companheiro
único e só
ele tem a mim
e dentro de mim, há ele
companheiro de ilusões
ao achar que à tudo isso acima descrito
alguém
em algum lugar
em determinado momento
beleza alguma, há de achar.
Rodrigo da C. Lima Bruni
terça-feira, 18 de novembro de 2008
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